Durante grande parte de sua história o Vietnã lutou contra a opressão de potências estrangeiras. Ainda no século IX os vietnamitas venceram as forças da dinastia chinesa Han, e colocaram fim à quase mil anos de vassalagem. Depois ainda lutaram contra outras dinastias chinesas, e contra os mongóis. Mais de seiscentos anos depois, já na era moderna lutaram novamente contra os chineses, das dinastias Ming e Ching e na aurora da era contemporânea lutaram contra os khmeres. Porém, em 1860 o Vietnã passou a enfrentar uma potência distante. Naquele ano, os franceses iniciaram a conquista colonial da Indochina, e em quatro décadas consolidaram a dominação da península. Essa dominação só foi quebrada em 1940, quando a colônia francesa foi invadida e dominada pelo Japão. Ao final da Segunda Guerra Mundial, quando os franceses tentaram retomar o controle, o movimento de independência, liderado pela Frente de Libertação Nacional, fundada em 1941 por Ho Chi Minh, já tinha declarado a independência do norte do país. O sul, controlado pela França, foi declarado país independente em 1946. Foi assim que as potências imperialistas levaram o Vietnã a uma guerra de 30 anos de duração, pela sua libertação e unificação.
O novo país de orientação socialista não se rendeu à opressão francesa, e lutou bravamente durante nove anos, derrotando em 1954 os franceses em Dien Bien Phu, e obrigando estes a firmar o acordo de Genebra no mesmo ano. Assim, os franceses e os Norte Vietnamitas acertaram retirar suas tropas do Vietnã do Sul, até as eleições marcadas para 1956. Quando o futuro do país seria decidido nas urnas. Mas os Estados Unidos invadiram o Vietnã do Sul e instalaram um governo títere sob o comando de Ngo Dihn Diem. Em 1968 as tropas estadunidenses no Vietnã do Sul ultrapassavam meio milhão de homens. Mas a grande potência capitalista estava longe de obter uma vitória. Grande parte da sua população não queria guerra. Desde 1965, quando o jornalista Morley Safer gravou uma reportagem no vilarejo de Cam Né, e mostrou aos estadunidenses seus soldados expulsarem os moradores, camponeses, de suas choupanas e com seus isqueiros Zippo atearam fogo nelas, grande parte da opinião pública ficou contra a guerra, além disso, outro grande motivo, talvez até o principal, para rejeição ao conflito, foi o alto número de soldados mortos. E mesmo com uma superioridade bélica avassaladora, os estadunidenses cada vez se atolavam mais no Vietnã, e no final de 1967 a constatação geral era de que não estavam perdendo, mas também não estavam ganhando, ou melhor, aquela guerra nunca seria ganha. Cada vez mais, governo após governo, a questão para eles deixou de ser; “como ganhar a guerra?”, para; “como sair sem sofrer uma grande humilhação?” Algo semelhante ao Iraque de hoje.
A situação se tornou pior para os estadunidenses em janeiro de 1968, quando os Vietcongs iniciaram a ofensiva Tet e chegaram às portas da embaixada dos Estados Unidos em Saigon, capital do Vietnã do Sul, pegando-os de surpresa. A opinião pública estadunidenses ficou cada vez mais contra a guerra, e os estudantes foram para as ruas protestar, principalmente depois do dia 16 de março daquele ano, quando soldados ensandecidos colocaram fogo numa aldeia chamada My Lai, matando crianças, mulheres e idosos. Dessa vez as cenas do holocausto vietnamita não foram filmadas e exibidas no mundo todo, mas a notícia se espalhou. Em 1968, os Estados Unidos foram sacudidos por protestos estudantis. Eles reivindicavam o fim da guerra, melhores condições e menos autoritarismo nas universidades, direitos civis, fim do racismo legal, igualdade para as mulheres e o fim da discriminação aos homossexuais. A guerra terminou em 1975, quando a grande potência imperialista foi humilhada por um país pequeno, atrasado e agrário. Em 1976, o país foi reunificado. Durante mais de 15 anos de guerra os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas, em toneladas, do que em toda a Segunda Guerra Mundial, além de terem feito testes com armas químicas e bacteriológicas, destruíram 70% de todos os povoados do norte. Mesmo assim, naquele ano de 1968 o pequeno David começo a derrotar o grande Golias.
O novo país de orientação socialista não se rendeu à opressão francesa, e lutou bravamente durante nove anos, derrotando em 1954 os franceses em Dien Bien Phu, e obrigando estes a firmar o acordo de Genebra no mesmo ano. Assim, os franceses e os Norte Vietnamitas acertaram retirar suas tropas do Vietnã do Sul, até as eleições marcadas para 1956. Quando o futuro do país seria decidido nas urnas. Mas os Estados Unidos invadiram o Vietnã do Sul e instalaram um governo títere sob o comando de Ngo Dihn Diem. Em 1968 as tropas estadunidenses no Vietnã do Sul ultrapassavam meio milhão de homens. Mas a grande potência capitalista estava longe de obter uma vitória. Grande parte da sua população não queria guerra. Desde 1965, quando o jornalista Morley Safer gravou uma reportagem no vilarejo de Cam Né, e mostrou aos estadunidenses seus soldados expulsarem os moradores, camponeses, de suas choupanas e com seus isqueiros Zippo atearam fogo nelas, grande parte da opinião pública ficou contra a guerra, além disso, outro grande motivo, talvez até o principal, para rejeição ao conflito, foi o alto número de soldados mortos. E mesmo com uma superioridade bélica avassaladora, os estadunidenses cada vez se atolavam mais no Vietnã, e no final de 1967 a constatação geral era de que não estavam perdendo, mas também não estavam ganhando, ou melhor, aquela guerra nunca seria ganha. Cada vez mais, governo após governo, a questão para eles deixou de ser; “como ganhar a guerra?”, para; “como sair sem sofrer uma grande humilhação?” Algo semelhante ao Iraque de hoje.
A situação se tornou pior para os estadunidenses em janeiro de 1968, quando os Vietcongs iniciaram a ofensiva Tet e chegaram às portas da embaixada dos Estados Unidos em Saigon, capital do Vietnã do Sul, pegando-os de surpresa. A opinião pública estadunidenses ficou cada vez mais contra a guerra, e os estudantes foram para as ruas protestar, principalmente depois do dia 16 de março daquele ano, quando soldados ensandecidos colocaram fogo numa aldeia chamada My Lai, matando crianças, mulheres e idosos. Dessa vez as cenas do holocausto vietnamita não foram filmadas e exibidas no mundo todo, mas a notícia se espalhou. Em 1968, os Estados Unidos foram sacudidos por protestos estudantis. Eles reivindicavam o fim da guerra, melhores condições e menos autoritarismo nas universidades, direitos civis, fim do racismo legal, igualdade para as mulheres e o fim da discriminação aos homossexuais. A guerra terminou em 1975, quando a grande potência imperialista foi humilhada por um país pequeno, atrasado e agrário. Em 1976, o país foi reunificado. Durante mais de 15 anos de guerra os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas, em toneladas, do que em toda a Segunda Guerra Mundial, além de terem feito testes com armas químicas e bacteriológicas, destruíram 70% de todos os povoados do norte. Mesmo assim, naquele ano de 1968 o pequeno David começo a derrotar o grande Golias.