Acabo de ler repostagem da Veja sobre anarquismo. Para variar a reportagem é tendenciosa. Não bastasse isso, também é odiosa, prega a violência. Será que isso é fazer jornalismo? Será que isso é a tão famosa imparcialidade propagada pela revista?
Num mundo já tão violento, onde ainda milhões não podem expressar suas idéias, uma revista de grande tiragem não poderia, nem deveria se colocar dessa forma. Não sou a favor de nenhum tipo de violência, nem dos anarquistas, nem dos pelotões de fuzilamento, nem de jornalista de revista. Violência sempre é violência, não tem boa, nem má.
Segue ai um link com a reportagem. Tirem suas próprias conclusões.
sábado, dezembro 25, 2010
terça-feira, agosto 11, 2009
Volto, mais uma vez!
Mais uma vez tive um bloqueio intelectual. Além da falta de tempo (trabalho e faculdade), das viagens, festas, porres, da natação e das pedaladas, namorar, estar apaixonado (?), terminar, também tiveram uma parcela de culpa. Assim, foram muitos meses sem escrever. Escrevo, logo existo. Foram, então, muitos meses de urgência e alívio imediato. Faltou introspecção, e fui por um tempo apenas um outdoor.Agora, tento voltar à escrever. Tão importante esse ato, que é como respirar, fazer necessidades básicas, amar, existir! Pois, é verdade que estou esse tempo todo sem fazer nada verdadeiro. Não que eu tenha sido falso, mas nada aconteceu de fato, tirando decepção, frustração, indignação. Não, não existi nesse tempo!Agora, quando volto a escrever minhas besteiras, me parece que volto a viver!
sábado, dezembro 13, 2008
Sexta-feira 13
Se você pensa que eu vou falar sobre um filme de terror, não, não vou falar sobre filme, apesar de falar sobre terror, terror de Estado. A sexta-feira 13 que me refiro foi o fatídico dia em que a Ditadura brasileira baixou o ato institucional nº 5, conhecido como AI 5. A nova lei permitiu à tigrada prender quem quisesse sem ordem judicial, sem possibilidade de habeas corpus, sem informar á família ou órgão judicial competente, ou o porquê da prisão, na verdade, podia até negar que a prisão havia sido feita. Assim, qualquer um podia ser preso e torturado sem que ninguém soubesse, daí vem muito dos desaparecidos.
Esse filme de terror da ditadura durou 10 anos e começou a exatos 40. A sexta-feira 13 de dezembro de 1968, NÃO É UM DIA PARA SER ESQUECIDO! Deve ser lembrado, suas vítimas devem ser reparadas, e os criminosos da ditadura punidos!
Esse filme de terror da ditadura durou 10 anos e começou a exatos 40. A sexta-feira 13 de dezembro de 1968, NÃO É UM DIA PARA SER ESQUECIDO! Deve ser lembrado, suas vítimas devem ser reparadas, e os criminosos da ditadura punidos!
terça-feira, setembro 16, 2008
Um outro 11 de setembro
No dia 11 de setembro de 1973 a história da América Latina mais uma vez se encheu de infâmia. Depois do Brasil e da Bolívia em 1964, da Argentina em 1966 e 1976, do Uruguai naquele mesmo ano, foi a vez do Chile sofrer um golpe militar (o Paraguai já sofria com a ditadura desde 1954, e ainda sofreria sob os desmandos de Stroessner (1912-2006) até 1989, a ditadura mais longa da América do Sul). Reforçando o pensamento preconceituoso existente na Europa e nos Estados Unidos de que o continente era constituído de repúblicas das bananas, assoladas por caudilhos, o general Augusto Pinochet (1915-2006) deu um golpe militar no presidente constitucionalmente eleito Salvador Allende (1908-1973), que resistiu bravamente, e morreu no palácio de governo. O golpe do Chile teve apoio dos Estados Unidos que mandou navios para a costa chilena, além de ampla participação da CIA. O Chile sofreu com uma das ditaduras mais duras do continente, com milhares de mortos e desaparecidos. Finalmente, em 1990 o país voltou à legalidade com o fim da ditadura militar.
Diferente do Brasil, no Chile os agentes do Estado que mataram e torturaram têm sido punidos. O ditador chileno, Augusto Pinochet, chegou a ser preso em 1998, em Londres, por ordem expedida pelo valente juiz espanhol Baltasar Garzón. Além das acusações de assassinatos e violações de direitos humanos o ditador enfrentou acusações por outros crimes cometidos por ele, como enriquecimento ilícito.
A política estadunidense continuou a ser de intervenção direta ou indireta em outros países, não só da América Latina. No início dos anos 1980, sua política de contenção do comunismo se voltou para Ásia, depois da invasão Soviética ao Afeganistão e da revolução Islâmica no Irã, ambos no ano de 1979. A política dos Estados Unidos foi de apoiar os inimigos dos seus inimigos, seguindo aquele ditado: “os inimigos dos meus inimigos são meus amigos”. No caso do Afeganistão o apoio em forma de dinheiro e armas foi para a milícia Talibã; e o inimigo do Irã, e, portanto, amigo dos Estados Unidos, àquela época era o Iraque e seu ditador, Sadan Hussein. Anos depois tanto os Talibãs quanto Sadan seriam os maiores inimigos dos estadunidenses, depois de um outro 11 de setembro.
Mas voltando ao ditador do Chile, este deixou de ser importante parta os Estados Unidos depois da queda do Muro de Berlim, e tornou-se um inconveniente bem antes, ainda na década de 1970, quando o presidente estadunidense Jimmy Carter, chamou atenção para o desrespeito aos direitos humanos na União Soviética, e “descobriu” que tinha como aliado na luta contra o comunismo um ditador feroz (não era o único, existiam outros). Assim, o ditador foi obrigado a deixar o governo nas mãos dos civis.
quarta-feira, agosto 20, 2008
Entrego-me de braços abertos
E encontro o chão
Guardo um diário de mágoas e recordações
Fotografias amareladas, cartas mal escritas,
Que preguiça!
Não preciso revirar nada
Apenas fechar os olhos
Não preciso revirar nada
Apenas me deitar no chão
Entrego-me de braços abertos
E não te encontro, não
A minha caixa velha, de papelão
Já está cheia!
E não há mais espaço
Na memória, para lembranças
Entradas de cinema, livros,
Filosofias, poemas
Uma pena!
Não preciso revirar
Velharia!
Não preciso lembrar
Não queria!
Apenas fechos os olhos
E lembro, do que não queria
Apenas fechos os olhos
E vejo, o que não devia
Tua barriga deitada sobre a minha
Tuas pernas trançadas
Entre as minhas
Excita-me!
Não queria, não devia
Agora abro a caixa
E jogo tudo sobre o chão
Não há espaço para você
Nem nas memóriasNem na minha caixa de papelão
E encontro o chão
Guardo um diário de mágoas e recordações
Fotografias amareladas, cartas mal escritas,
Que preguiça!
Não preciso revirar nada
Apenas fechar os olhos
Não preciso revirar nada
Apenas me deitar no chão
Entrego-me de braços abertos
E não te encontro, não
A minha caixa velha, de papelão
Já está cheia!
E não há mais espaço
Na memória, para lembranças
Entradas de cinema, livros,
Filosofias, poemas
Uma pena!
Não preciso revirar
Velharia!
Não preciso lembrar
Não queria!
Apenas fechos os olhos
E lembro, do que não queria
Apenas fechos os olhos
E vejo, o que não devia
Tua barriga deitada sobre a minha
Tuas pernas trançadas
Entre as minhas
Excita-me!
Não queria, não devia
Agora abro a caixa
E jogo tudo sobre o chão
Não há espaço para você
Nem nas memóriasNem na minha caixa de papelão
segunda-feira, abril 14, 2008
sexta-feira, abril 11, 2008
Diga sim ao casamento gay!
Os homossexuais são tratados no Brasil como cidadãos de segunda categoria. A Constituição Federal da República do Brasil em diversos artigos declara que todos são iguais perante a lei. Porém a mesma constituição considera válido apenas o casamento entre um homem e uma mulher. Ora, ou todos são iguais, ou todos não são iguais. Quer dizer que uns são mais iguais do que os outros? Como não é possível considerar norma constitucional, inconstitucional, a constituição tem quer ser mudada, ou para garantir real a igualdade de todos, ou para declarar que os homossexuais não têm esse direito. O caput do artigo 5º da CRFB/88 diz o seguinte: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” Mas essa igualdade não existe de fato no Brasil. E você gosta de viver nesse país que discrimina seus nacionais, só porque eles têm orientação sexual diferente? Você acha isso certo?
Não podemos deixar que questões de fundo religioso pairar sobre os direitos da pessoa humana. O que é mais importante o sentimento religioso ou o respeito aos direitos humanos? Quando os islâmicos cortam o clitóris das mulheres há uma grita geral condenando a religião alheia, mas quando fundamentalistas cristãos vão para a televisão dizer que não pode haver casamento de gays porque Deus não quer ninguém fala nada. Tenho certeza que Deus não quer a violência, as desigualdades, a pobreza, a ignorância, a falta de amor, a vida baseada apenas em bens materiais, a exploração, a degradação do meio ambiente, as guerras, o desrespeito contra a pessoa humana. E a proibição do casamento dos homossexuais vai contra os direitos da pessoa humana. Se Deus é amor, não há proibição para o casamento de pessoas que se amam. Aqui na Terra nada pode ficar acima, nenhuma religião ou ideologia, do respeito aos direitos da pessoa humana. E com relação a Deus, as religiões cristãs dizem que todos os seres humanos são feitos a sua imagem e semelhança. E assim também são os homossexuais, a imagem e semelhança de Deus. Quem desrespeita os homossexuais e os seus direitos, também vai contra Deus, vai contra os filhos de Deus.
Não vou ficar aqui em discussão teológica. Mas o casamento de homossexuais não é casamento na igreja, de véu e grinalda. Esse ai ninguém mais quer, nem os heterossexuais querem, quanto mais os gays. Os homossexuais querem direitos, querem ser reconhecidos como iguais. Querem poder viver como gente, sob o respaldo da lei. A questão da união dos homossexuais me lembra a luta pelo voto feminino. Ainda no início do século XX muita gente era contra, até religiosos, que são geralmente contra tudo o que é novo. Não vamos esquecer que a igreja levou centenas de pessoas às fogueiras na inquisição. Um dia quase todos os países do mundo vão aceitar a união de homossexuais (como as mulheres têm direito a voto nos dias de hoje), ai vão ser as igrejas esvaziadas que vão chamá-los para irem se casar lá.
Assinar:
Postagens (Atom)